Ando tão só ultimamente, como sempre,
Que sinto a ensurdecedora onda interna,
Reclusa ao mais revolto ambiente
Das noites de melancolia severa.
O senhor solitário de corpo presente
Nas obrigações do dia a dia;
Uma alma vagando inconsciente
Nas superficiais interações da vida.
Coração despedaçado feito o sol,
Sublime calor tropical da poesia.
Incompreendido em seu arrebol,
Angustiado como sua alegria.
O jovem senhor da época moderna
Com essência vindoura da antiguidade,
Um trovador de vozes dispersas:
Louco sonhador em tempestade.
Itacoatiara-AM, 21 de junho de 2023.
Autor: Abraão Marinho