A Lira das Ilusões

Esta é uma obra experimental onde reúne trinta poemas mais alguns textos que escrevi em dias ilusórios, tornando todo o contexto artístico condizente à realidade.

Os poemas, na maioria das vezes falam de amor, sensualidade, solidão, enfatizando um pouco sobre o lado íntimo do autor, um jovem poeta louco e sonhador.

Leia com carinho os versos a seguir, e caso você seja a linda morena do vestido preto, considere apenas os versos apaixonados. Porém, como estou certo, mais uma estação irá passar, e no fim do dia algo será escrito…

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Capítulos

Volúpia

Tua pele macia exala o fogoQue habita em tuas profundezas;Em teu olhar há um brilhoQue me desfaz em tanta impureza. Uma leve carícia em tuas coxas,Um suspiro íngreme de desejo,Tocas em mim sem mistério,Queres o doce mel de gracejo. Enlaço teus longos cabelosEm duas dobras firmes.Tu então te jogas com loucuraNo mastro rijo e sublime. Adentro em tua cavernaTão densa, ensopada de ternura,Pronta a manar gotas ácidasNum urro de prazer e candura. Itacoatiara-AM, 22 de fevereiro de 2022.

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Recado a um amor inexistente

Já não sinto em ti o mesmo sentimento que tenho. Andas tão dispersa, tão sozinha, tão obscura; tanto é que nem sequer notou que mudei alguns hábitos, algumas características… apenas para chamar tua atenção. Mando essa carta para lembrares de mim toda vez que vires, se me vires antes do enterro.

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À moça de vestido preto

Tens o mistério nos olhos, dama de alta fidúcia, por onde passa encanta com seus quadris largos, seios firmes, dorso desenhado a destacar seus traços femininos. Seu olhar para o nada, um vestido elegante a destacar as belas curvas, os cabelos esvoaçantes cobrindo levemente o rosto pálido e sensual… Quem dera tê-la em meus braços! Mas parece fria, ou ao menos esconde tudo que sente como forma de defesa. Como seria no momento íntimo? Como seriam suas coxas enlaçadas a mim? Como suas leves mãos tocariam nas minhas? Ah! Como imaginar tantas coisas sem sequer ter nenhuma chance? Hei de tê-la como amor platônico. Pareces meiga, sensível, inocente… quem mais parece inocente, mais carrega uma brasa indomável dentro de si. Não a conheço, pouco a vejo, somente em dias em que mais a imagino. Sonho no dia em que poderei ao menos falar com a moça desconhecida; ao menos ouvir

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Por ti tenho altas doses de ilusão

Por ti tenho altas doses de ilusão, altas doses de delírio, altos sonhos imunes à realidade. Uma fixação em tua esbelta figura, em teu toque inexistente, impreciso e extremamente macio. Embora não me toques, sinto ardor em teu perfume natural de mulher, no olhar inexpressivo de tuas coxas, no mel incompreensível de teus lábios…

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Quando ela partiu

Acordo-me hoje com a inevitável lágrima escorrendo sobre os olhos. Ela partiu, me deixou, não ligou para os sentimentos acorrentados em meu peito, e como se nada fosse, nem sequer olhou para trás e me disse adeus. Cabisbaixo, na esquina do quarto, encontro-me defronte à janela onde a via partir lentamente. O relógio marcava seis horas da manhã, mas para mim ainda não havia amanhecido, talvez as lágrimasenlutadas estivessem a escurecer o ambiente sem vida, sem cor, sem esperança, sem nada que pudesse me alegrar. A solidão despiciente caminhava no longínquo horizonte, onde nascia o sol escuro. Todo quarto exalava seu perfume, ainda restara um retalho dos seus cabelos em minhas mãos. Sequer com forças para continuar chorando, deitei-me de bruços e o peito ofegante se contorcia internamente. Um silêncio fulminante, as sombras das paredes pareciam desenhar seu corpo, e por um momento senti seu doce toque. Acordei-me novamente com

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Escrevo a ti nessa noite

Escrevo a ti as coisas mais bonitas que consigo imaginar, porque viver isto é totalmente diferente. Não a conheço, mas a energia da tua simples presença é extremamente mágica. É como se cultivasses em ti toda a dimensão do universo, resumindo-lhe no brilho do teu olhar, na tua tez que, apesar de nunca a ter sentido, é macia como a seda dos campos floridos. És como o pôr do sol quando passas, e nem sei como cabe tanta beleza sem que sobrecarregue teus ombros, sem que andes com o peso do mundo nas costas. E fico imaginando se no reflexo de teu destino há uma faísca de minha presença. Caso haja, digo-lhe que serei como uma sombra pálida quando estiveres triste, e um brilho amordaçado quando estiveres alegre, mas em todo caso hei de estar ao teu lado. Caso não haja, espero que ao menos tenha lugar nas lembranças, e

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Olhar oblíquo

Um olhar oblíquo, mas não tão dissimulado quanto o que é descrito na literatura; um olhar tão enigmático que nem sequer os mais sábios bêbados conseguiriam entender; um olhar confuso, revestido de um abismo tão surreal que nem Freud conseguiria explicar. Nem eu, dono deste olhar, compreendo o porquê de vê-la tão indescritivelmente assim, de modo que seja algo tão natural quanto a chuva que rega as flores. Vejo-a na nódoa dos sentimentos mais profundos, e não consigo esquecer de algo que nem começou. Perco os sentidos e tropeço nas próprias confusões que, apesar de fazerem sentido, são o reflexo de mais uma ilusão desenhada calorosamente em momentos de amores platônicos, que de tão platônicos, são tão ridículos que elevam o grau de loucura. Furta-me os olhos para que não te veja mais, furta-me o chão para que haja metafísica em meus passos, furta-me as horas para que passe menos

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