Escrevo a ti as coisas mais bonitas que consigo imaginar, porque viver isto é totalmente diferente. Não a conheço, mas a energia da tua simples presença é extremamente mágica. É como se cultivasses em ti toda a dimensão do universo, resumindo-lhe no brilho do teu olhar, na tua tez que, apesar de nunca a ter sentido, é macia como a seda dos campos floridos.
És como o pôr do sol quando passas, e nem sei como cabe tanta beleza sem que sobrecarregue teus ombros, sem que andes com o peso do mundo nas costas. E fico imaginando se no reflexo de teu destino há uma faísca de minha presença. Caso haja, digo-lhe que serei como uma sombra pálida quando estiveres triste, e um brilho amordaçado quando estiveres alegre, mas em todo caso hei de estar ao teu lado.
Caso não haja, espero que ao menos tenha lugar nas lembranças, e que saibas que um dia foste a dama de honra, e que ocupaste um espaço infinito dentro de um coração tão frágil. Mas que saibas que viverás sempre nos versos, estrofes, habitando a sublime morada do sentimento mais verdadeiro que existe.
Deixar-te-ei livre até mesmo na liberdade de não ler o que escrevo nesta noite obscura, mas não tomarei seu tempo com textos longos e desconexos da realidade. E claro, se um dia eu não me embriagar com as possibilidades do que poderia acontecer conosco em outra dimensão… ah! Nesse dia estarei imune a teus encantos.