Não a vejo com seus tons de abismo,
Apenas com as estrelas de sua tez
Translúcida sob o céu de eufemismo.

Vejo-a submersa na palidez
Louçã do luar mais triste,
Inda que escondida na solidez.

A manhã renasce sobre seu rosto
Com a melancolia delgada aos olhos,
Olhos que se unem a meu ser aflito,
Mesmo que em destroços.

Olhos que desmaiam em teu luar,
Tais como a ventania na tempestade
Que encontra seus retalhos no ar,
Inundando-se ao fim da tarde.

Um clamor enaltece em teu seio,
Em tua alma de dama misteriosa
Rumo à boemia das estrelas,
Omitindo teu frago da noite formosa.

Itacoatiara-AM, 20 de junho de 2022.

 
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