Amo-te como clausura do que quero
E como angústia do que desejo.
Estás aqui onde não espero,
Talvez pela devastação que vejo.

Como num sonho angustiante,
Talvez por sentir intensamente
Eu tenha o delírio dançante
Dos olhos teus, docemente.

Talvez a angústia me alimente
Diante do teu corpo distante,
Ou talvez não mais que de repente
Eu me eternize como ser errante.

Itacoatiara-AM, 09 de fevereiro de 2022.

 
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