Ao sono da sepultura
Quero esconder minhas dores,
Todos os vastos temores
Que receiam uma cura.
Quero que me façam escultura
Onde se encontrem os amores,
Onde se inundem as flores
Que desfalecem na alma impura.
Quero que derramem todo fel,
E que nas cláusulas do vento
Não me desfaça no dia.
Pois não quero ser réu
De todo esse sofrimento
Que inventei na agonia.
Itacoatiara-AM, 15 de dezembro de 2021.