A Lira das Ilusões

Esta é uma obra experimental onde reúne trinta poemas mais alguns textos que escrevi em dias ilusórios, tornando todo o contexto artístico condizente à realidade.

Os poemas, na maioria das vezes falam de amor, sensualidade, solidão, enfatizando um pouco sobre o lado íntimo do autor, um jovem poeta louco e sonhador.

Leia com carinho os versos a seguir, e caso você seja a linda morena do vestido preto, considere apenas os versos apaixonados. Porém, como estou certo, mais uma estação irá passar, e no fim do dia algo será escrito…

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Capítulos

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Esta é uma obra experimental onde reúne trinta poemas mais alguns textos que escrevi em dias ilusórios, tornando todo o contexto artístico condizente à realidade. Os poemas, na maioria das vezes falam de amor, sensualidade, solidão, enfatizando um pouco sobre o lado íntimo do autor, um jovem poeta louco e sonhador. Leia com carinho os versos a seguir, e caso você seja a linda morena do vestido preto, considere apenas os versos apaixonados. Porém, como estou certo, mais uma estação irá passar, e no fim do dia algo será escrito…

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A solidão que mata

A solidão que mata é a mesmaQue cega em dias floridosQuando, em companhiaDas flores mais perfumadas,Perde-se o aroma do dia. Perde-se assim o encanto,O esmero das coisas simples,O diálogo entre si e o nadaPelo vale tempestuoso e longínquoDo abismo que abraça a alvorada. Perde-se assim a calma constante,O luto pela companhia solitáriaE derradeira do pranto esquecido,Das vozes tumultuadas e onipresentes,Do coração ilusório e empalidecido. Itacoatiara-AM, 17 de dezembro de 2021.

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Adeus

Olhei-a com seus vis relatosTão desesperados quase a afogarO pranto de seus lindos traçosTão estilhaçados de tanto esperar O sonho de desesperançaDe encontrar um sublime amor,Tão frio e belo como a dançaDa formosa ilha que se inundou Das pedras de pele airosaTão fogosa quanto a corDos olhos teus, que cheiosDe ternura e graça se esqueceramDe dizer o último adeus. Itacoatiara-AM, 03 de janeiro de 2022.

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Amada vertigem

Quero ficar agarrado à sua peleComo o brilho que ascende ao luar,Como a chama acessa no fogoQue se faz em um simples olhar. Quero ficar preso em tua belezaNa liberdade de teu frágil abraço,Como o espelho que reflete teu rostoNas paredes de concreto e aço. Indigesta vontade que inundaA mente tão tola e ilusóriaComo a raiz da árvore esquecidaNas camadas da triste memória. Esqueço-me que sou poetaDos amores que não existem,Das paixões eternas d’um segundoQue resgatei a amada vertigem. Itacoatiara-AM, 03 de janeiro de 2022.

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Amor platônico

Um louco enclausurado por tua beleza,Asfixiado pelo teu perfume mais doce,Incendiado pela tua ácida frieza… E eu, tantas vezes perdido em mim,Nem sei em quantos pedaços me divido,Nem tampouco em quantos me junto, enfim… Tão lúcido quanto um bêbado no bordel,Como um jovem que navega em tantos maresEm busca de um único e inesquecível céu. Tão liberto quanto um prisioneiro,Íngreme feito um deserto plano,Inerte feito um átomo de engano. Escrevo-te com fulgores opacos,Com estrelas vermelhas de sangueAdvindas de um coração rouco e frágil. Nas vestes plácidas de teu encanto,Como um pássaro a vagar sem rumo,Iludo-me… inundo-me em teu canto! E eu, desiludido e em prantos,Basta-me uma gota d’orvalho de teu mel,Mesmo que inexistente, complacente aos mantosDe tua cor mais vistosa, Para que eu me preencha de teus vazios,Mesmo que saibas que me tens como réu.Mas, de modo abstrato e inoperante,Preenches teu ser de um outro amor; A outro alguém entregas

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Ao sono da sepultura

Ao sono da sepulturaQuero esconder minhas dores,Todos os vastos temoresQue receiam uma cura. Quero que me façam esculturaOnde se encontrem os amores,Onde se inundem as floresQue desfalecem na alma impura. Quero que derramem todo fel,E que nas cláusulas do ventoNão me desfaça no dia. Pois não quero ser réuDe todo esse sofrimentoQue inventei na agonia. Itacoatiara-AM, 15 de dezembro de 2021.

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Dama do luar

Cultivo versos qu’inda não perdiDo poeta que existe aqui dentro,Aqueles versos que vagam nas profundezasDeste labirinto que me vem como relento. Como se pudesse existir, encontro-meEm busca de teus ramos silenciosos,Deflagro-me no subsolo de tua solidezE me encanto em teus trilhos rochosos. Minh’alma antiga ainda suspiraE por isso idealizo a dama do luarQue me vem como acalanto aos olhos,Que petrifica cada suspiro no ar. Avisto-a nos montes de meu submundo,Tão bela e enigmática quanto o pôr do sol,Tão reluzente quanto a derradeira alvorada,Tão frágil quanto as pétalas de um girassol. És adornada de uma fidúcia angelical,És tão melancólica que de sua vozSoam as mais tristes palavras de silêncioE um murmúrio inaudível de tormento. Quem me dera conhecer tua essência,Teu abismo, o cosmo de tua ideologia;Conhecer teus castelos, teus anseios;Ver-te sobre meus braços ao fim do dia… Sento-me à espreita da calçada suja,A noite reluz nos céus o esboçoDe tuas ondas

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Desejo

Desejo tuas fontes de mel,Teu corpo pequeno,Teus seios fartos e macios,Tua língua molhada no céu,Teu gosto sedento de cio…

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Escute-me

Escute-me nos dias tristes,Nos dias em que a morte chegaE me apresenta um novo mundo. Escute-me nas horas de dorOnde as feridas me afogamE perseguem a tudo. Escute-me em dias silenciosos,Pois é por meio do silêncioQue ouço o grito mudo. Escute-me não só por escutar,Pois haverá um dia que não podereiFingir que ainda estou vivo… Itacoatiara-AM, 21 de novembro de 2021.

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Estou perdido

Estou perdido nesta lágrima que caiuDiante da minha face desanimada,Diante do meu corpo desfalecidoQue se desfez diante da alvoradaInventada no passo empalidecido. Desconheço-me entre as cinzas,Abrigo-me na solitária almaOnde escrevo meus pobres versosFamintos pela corrente amordaçadaDos vazios que se perdem no deserto. Desconstruo-me, alheio, dianteAo intenso calor da tristezaQue se desfaz no calmo veleiro,Na simplória onda da naturezaQue se encontra no abjeto desespero. Itacoatiara-AM, 10 de fevereiro de 2022.

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