Junto com a imaginação vem a inspiração, que é o que mantém em vida a criatividade. Uma mente criativa constrói qualquer coisa. Tratando-se da escrita, quem tem criatividade cria obras eternas, obras que ficarão marcadas nos mais altos confins da terra. Apesar de a leitura ser pouca no lugar onde vivo, sempre é válido alimentar as poucas almas que gostam com um pouco dessa arte valiosa.
Receio não poder mostrar tudo que faço, tudo que sinto; receio não conseguir ser claro nas palavras, nas atitudes, nas inspirações. Entretanto, receio ainda mais não continuar vivo para cumprir tantos planos e metas. O mar das dúvidas me vem todos os dias, colocando-me num abismo inexistente do que vejo.
Serei alguém? Hei de ter esmero a palavras superficiais? Hei de ter boas experiências que me façam sentir cada vez mais vivo? O que sinto a cada dia é um cansaço, sobretudo cansaço de tudo aquilo que luto para acontecer.
Faço esse desabafo, sequer para criar distorções àquilo que vivo; sequer para pedir que tenham pena de mim; sequer, embora não tenha problema, para ser notado, respeitado, fazendo com que realmente exista em olhos reais.
Mas este é um grito de poeta, um grito que ecoa flamejante pelas orquídeas. Este é um grito silencioso, um suicídio de palavras sem forças para continuarem existindo. Quiçá, um desabafo ridículo, não poético em nada.