Sinto que sou único, não por pensar em superioridade ou por pensar em ser um portador do mais alto grau da inteligência.

Sinto-me único porque invento palavras que somente eu entendo. Sinto-me único porque construo lugares que somente eu possuo acesso. Sinto-me único por conseguir imaginar, por conseguir criar histórias por onde navego, e concluo tudo que deveria.

Sinto-me único, talvez, por ser sincero em tudo que penso, em tudo que acho que tenho. Poucas pessoas me entendem, mas quando entendem, é porque são especiais, é porque possuem o DNA da poesia correndo nas veias, na alma, no espírito.

Quem me entende, sabe que sou único, mesmo que o único idiota que acha que é único. Quem me entende, compreende que essa loucura impermeável transforma o ser em um herói, em qualquer coisa que queira ser, em qualquer sonho que queira ter. Imagina? Ser alguém que lê mentes pela proximidade de ideias? Uma ótima sincronia de solidões.

E mais ótimo ainda seria ser único e parecer alguém que é único: uma fusão de originalidades, experiências, amores e unidades desiguais; ser quem considera a possibilidade de coisas impossíveis neste ou num universo paralelo; ser quem acredita em coisas inacreditáveis justamente para encaixar no contexto pré-estabelecido pela mente fértil… será sonho?

 
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