Alvorada
Um dia triste e nublado agonizavaNos braços da chuva límpida,Ele, debruçado nas nuvens da ilusão,Caminhava sobre seus versos sem vida. Não tinha nome nem esperança,Seu melhor codinome era solitário,Seu descanso era olhar para o nadaE procurar a escadaria para a enseada. Escrevia com tristeza sua caminhada,Era um ponto no vazio da multidão,Não tentava provar ser o que era,Talvez por isso lhe restaria a solidão. Ele cantava à noite em seu pensamento,Acompanhando o canto dos pássaros,Atravessou mares, rios e florestas,E sempre vagava sozinho, no espaço. Sua melhor amizade era a do sabiá,Que cantarolava todas as manhãs,Ele continuava a caminhar lentamente,Certo de que sua alma estava afã. A rodovia do deserto que avistavaNão era nada comparada à imensidãoQue ele avistava no horizonte dos céus,Andava sempre a favor da nova estação. Suas rochas açoitavam as mentes fracas,Quando finalmente conseguia falarA verdade saía e assustava a hipocrisia,Portanto, o silêncio é o que necessita seu