Estive por anos parado no tempo
Por simplesmente a saúde inexistir
E vi-me assolado em decadência,
Sentindo por dentro algo exaurir.
Por muitas vezes faltou-me coragem
De entregar-me ao abismo,
Mas a força tomou conta
E tudo de repente tornou-se infinito.
Passou-me a vida aos olhos
E do pensamento a razão se foi.
A neblina passou feito um vendaval
E os batimentos cessaram e algo mudou.
De repente, senti-me em paz
Pela primeira vez em tantos anos.
Senti lágrimas, lamentos, tormentos,
Ora vi-me ali ora noutro plano.
Passou-me o erro onde era o coração
E agora tudo faz sentido, até as dúvidas.
Por que fiquei assim? Por quê?
É doença, destino incorreto ou ignorância mútua?
Minhas palavras foram estarrecedoras
E muitas delas, eu paguei com esse destino.
Nunca diga nada sem saber, sem compreender,
Ou julgue perante aquele ser mais divino.
Na falta de vida veio-me a sabedoria
E a informação que nunca tive.
Portanto, de nada adiantaram as imagens,
E espantado, agora olho de modo sublime.
Passaram-me vistas boas e ruins:
Uma antítese do bem e mal.
Agora percebi que venerá-los
Guiou-me para um fracasso mortal.
Os alimentos podres que me saciavam
E disfarçavam-se de algo saboroso,
Ajudaram-me a cair nesse mundo vazio
Passando por sofrimento mais que tenebroso.
Preciso avisar-lhes: Salvem-se,
Pois não é fácil livrar-se do ruim!
Mas faça esse esforço, alimente-se
De forma inteligente, senão vai retrair.
Em questões de poucos minutos
Vi de longe o céu e o inferno…
Falta pouco tempo para o julgamento.
Abra seus olhos, perceba o eterno.
Não façais do pai, um irmão.
Não façais doutrinas à bondade.
Não seja enganado por eles
Que só visam vícios covardes.
Tenha pacto com o criador
E livre-se de tudo que já criaram.
Manipulam-te como ovelhas, cordeiros,
Mas não podem de ti tirar a salvação.
“Perca o tempo” lendo, mas não se desinforme;
Um dos meus erros foi a contramão
E o sentimento para eles, uniforme;
Nunca deixe das bondades, isso salva a perdição.
Peques sem querer quantas vezes quiseres,
Mas não permaneça no erro.
Procure ajuda ao subconsciente
E seja feliz sem nenhum desespero.
Não viva na ilusão e olhe à sua volta.
Não acredite neles, mas sim na razão.
Não sejas manobrado pelos detentores
Que “iluminam” a multidão.
Eles são criadores do que você gosta.
Eles estão presos na televisão, no lar,
Impregnados nos alimentos e sentimentos
Semelhantes à guerra no seu lugar.
Vivi sem descanso no plano real
E o vazio da alma preenchia-se na família.
Portanto, deixamo-nos enganar,
E às vezes, até céticos no que a verdade dizia.
Não deixe para sorrir tarde demais,
Sua vida é poesia e não sabes.
Trace um plano, uma reta,
E siga-a sem desvios, mas com honestidade.
Trabalhe, descanse, viaje!
Não seja prisioneiro do capital
E tampouco dos líderes mundiais,
Tampouco da mídia, enganadora colossal.
Os problemas têm lados fantasiosos
E te fazes desesperar, quase morrer.
Porém, nunca deixes de pensar como criança,
E certamente a inocência irá te enaltecer.
Faça a diferença, seja abrangente!
Estude mais, pense mais, ame mais;
Pois amar é diferente, amor é decadente,
E se não for cuidado serás incapaz.
Fique esperto, agora vejo-te.
Não se despromova da verdade
E nunca ache sem saber
Porque achismo é o erro da sociedade.
Encare a morte de outra forma,
Pois agora realmente é vida.
Sinto-me vagar satisfeito
Sarou-me a dor, ódio, desespero e ferida.
Não derrame lágrimas à toa
Pois isso me faz perecer ainda mais.
Lembre-se de mim pelo que fiz
E pelos bons momentos, tudo tem saída.
Lembre-se de mim nas boas horas
E pelo legado que deixei,
Posso ter errado bastante
Mas de amor e alma sempre me entreguei.
Por fim, construa uma família,
E eduque-os com Deus.
Faça-os seres não repugnantes
E simplesmente um império será seu.