Retalhos de ignomínia sobrevoam
Perante os olhos tristes da nação;
Perfídias vermelhas entoam
Seus belos antídotos de ilusão.

Tiranias ultrajantes destoam
Ao caos dogmático da razão.
Nisto, com seus tentáculos, roubam
A liberdade, em tons de emancipação.

O reinado de sangue perdura
Diante às paragens do engano;
Estigmas da famigerada e espúria
Idiossincrasia de um plano.

Vê-se como grandiosa cura
A idolatria ao airoso e o leviano;
Alçada como etérea lisura,
Estrondosa foice, em réu humano.

O grito da desconsolada pátria
Exaure ao caos do que é dito;
Prende-se o que produz, inata
Liberdade ao caminho perdido.

Entalhes de agonia em doses pálidas,
Do circo e do pão, restou o vazio;
Tornou-se presente na mesa árida,
Ouvida apenas pelo pranto de seu filho.

Itacoatiara-AM, 05 de abril de 2020.

 
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