Registro aqui no aço de minha alma
O pedido que fiz sobre o pranto,
Hei de ver flores no escasso deserto,
Hei de ver a ferida curar-se ao incerto,
Hei de ver o destino achar teu manto.
Ó deus, dê-me o gosto de realizar
O sonho que do peito me curou,
Hei de ser aquilo que planejaste,
Hei de ser inquebrantável ao amar-te,
Incomensuravelmente, como o hábil labor.
Tire-me do semblante o temor,
Dê-me coragem para enfrentar a falsidade,
Diga-me para onde devo caminhar
E não solte minhas mãos quando eu tropeçar,
Nos céus as trevas seguirão em tempestade.
Porém não atingirá a mim em lealdade,
Pois de minha mente sairá o compasso,
Derradeiro, que derramará minha prole,
Onde quer que a tristeza porventura assole,
Que fecundará à razão o primeiro passo.
Juazeiro do Norte- CE, 02 de julho de 2019.