A ausência da mulher amada

Quero-te como flor da noite,
Como fonte ambígua de emoções,
Como favo de mel em tez de açoite
A reverberar sobre vis tensões.

Quero-te como um louco
Ao qual se entregaste na tarde,
Quero-te num tom além de rouco
A gritar pelo lábio covarde.

Quero-te além da sensualidade,
Além dos céus que me fazes ir.
Quero ver-te além da tempestade,
Além da madrugada que espero por ti.

Quero-te até com todos os defeitos,
Com toda impureza de teu corpo
Pois se não sou impuro de querer-te,
Tenho sorte de te ter mais um pouco.

Quero-te até a eternidade profunda,
Quero-te como pólvora da existência
Pois se te tenho como não tive nunca,
Não se vá… oh! Que dolorosa ausência.

Itacoatiara-AM, 03 de agosto de 2020.

 
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