Estou tão distante da luz,
Mais perto dos sonhos amordaçados
Neste pouco de cinza que ainda reluz,
Neste tempo inconstante, inacabado.

É estar só neste espaço insensato
Cheio de vazios desconstruídos,
Acorrentado por este cansaço
Que destrói o abismo, meu amigo.

Ah, como quero sentir novamente
O olhar dessa luz escondida.
É estar lúcido, de repente,
E outrora, embriagado pelo delírio.

Estou tão perto da luz,
Que sorri à minh’alma reconstruída;
De tanto chorar, resistiu à ferrugem
E retomou o sentido da vida.

Agora dispersa por entre as cinzas
Buscou o seu lar em seu labirinto,
Agora em seu peito exalam as rimas
De um poeta que chegou ao destino.

Agora em seu peito exalam as rimas
De um poeta que chegou ao destino.
O amanhã já espera o futuro
De um horizonte real.

Itacoatiara-AM, 10 de dezembro de 2019

 
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