Soneto escondido
Amo-te baixinho, quase escondido, Para não acordar os pássaros do ar,Para não mostrar este imbróglio perdido Que destoa seu canto receoso no mar. Não mais que sou um seio rendido Sobre os encantos do inepto olhar Que perfazem o sensível e desfalecido Encanto que incendeia o ríspido tocar. Não mais que sou o trilho insensato Na sensatez de uma racional solidão Que rodeia cada heroico e firme ato. Não mais que tenho este amor de fato E o coloco no mais profundo coração,Do poeta que floreia o simplório retrato. Itacoatiara-AM, 23 de junho de 2020.