Soneto comprimido n°08
Como és feito aurora da tarde belaOnde escrevo sobre veredas de paisagemE a ti transcrevo os laços de tudoO que de derradeira eternidade sinto;E por mais que dure enquanto mudo,Por mais que sintas toda miragemQue de teus olhos me jogam fundo. Já não minto mais sobre as trevasE por mais que transpareça racionalBem no fundo do apertado peitoHá um intenso desejo animal;Já que pudera escrever à margemDeste tempestuoso vento magistral,Posso dizer a ti que não mais aguento. Itacoatiara-AM, 27 de junho de 2020.