Soneto à chuva
A chuva cai lentamenteE leva embora meu rústicoE perene silêncio de amar,Quase que de repente. Sobre suas gotas a correnteQue me prende sobre tudo,Nos desertos e retalhos do ar,Quase que como desejo mudo. Quando subtrai-lhe o medo,Resgato o vívido anseioDo impávido abismo invisível. Quase que como tez sensível,Avisto-lhe sobre solene devaneioNas anedotas de flúor tangível. Itacoatiara-AM, 27 de junho de 2020.