A manhã nebulosa está nascendo
Perante a tarde obscura e sombria
Como se fosse uma parte do dia
Onde o silêncio não tem sentimento.
Irreal e sublime é quando se sente
Que nada mais pode anoitecer
E nem mesmo pode acender
O delírio de quem mente.
Irreal feito algum soneto
É a opaca centelha de frio
Que suspende os sentidos.
Pois quando se tem medo
Nada mais é como já existiu,
Nada é menos que fingir sortido.
Itacoatiara-AM, 21 de junho de 2020.