E quando o vívido vento
Resgata anseio e a paisagem
Dos cálices de augusto e lento
E ambíguo sopro de miragem.

Como fora íngreme a viagem
Perante o murmúrio de relento
E em sombras da própria imagem
Restou-lhe apenas pensamento.

E o que era conspícuo na tarde
Tornou-se perdido na imensidão,
Talvez fruto de duvidoso alarde.

Mas o que não saíra do coração
Era o rosto de ouro covarde
Que lhe esfriara a afã razão.

Itacoatiara-AM, 26 de junho de 2020.

 
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