Eu sem ti sou bruma apagada,
Uma curva em linha entorpecida
Nos percalços da desconhecida
Aurora de uma chama ilustrada.

Como em síntese de cor semeada
As sementes desta raiz despida
Dão ao vale uma foz insípida
Onde nasce a luz ofuscada.

Um enleio de aurora fúnebre
Relança sobre o peito inerte
Um ríspido tom quase célebre.

E assim o que na mente inverte
Torna-se vívido diante do espelho
Envelhecido à tez que o subverte.

Itacoatiara-AM, 23 de junho de 2020.

 
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