Quando minhas vestes se encontram
E não me encontro ao fiel acaso
Há sempre um símile atraso,
Há sempre um inferno, descansam.
Quando meus lábios afrontam
O mel deste amargo caso,
Oceano de enigma raso,
Finalmente se desandam.
Quando vejo meu espírito
Restaurar um grande segredo
Relevo o sentir contrito.
Ah! Que este metódico enredo
Dá sangue ao clamor garrido
E presume o covarde medo.
Itacoatiara-AM, 23 de junho de 2020.