A ti farei todos os sonetos de amor,
E quando as lágrimas não puderem segurar
As raízes deste radiante olhar,
Estarei em teu abismo de fulgor.
A ti darei todas as rosas em fervor,
Recitarei juras, mesmo sem rimar,
Pois ter-te é o que anseio esperar
E de teu sorriso poder sentir o calor.
Mesmo que do delírio nada acontecer,
E se a chama for fria como a madrugada;
Se o toque, por algum motivo, não aquecer…
Ainda assim continuarei a preencher
Com versos de abismos no nada;
Quisera eu ter a ti sem enlouquecer.
Itacoatiara-AM, 20 de junho de 2020.