Vou atravancando a memória
Que tive no silêncio do sentir,
Que tive no momento que vi
O fragor da mente ilusória.
Demasiadamente a fingir
Os sentimentos da história,
Onde tem-se o brilho de glória
Dos gritos ecoados pelo rir.
E assim posso quase sonhar
Com o mesmo tom de agonia
Que no abismo a chorar.
E como em terna melodia,
Eterna fonte a encontrar
Solstícios da eterna poesia.
Itacoatiara-AM, 24 de junho de 2020.