A quem fazes jus desfenestrou-me
Quando em sua mente quase entrei
E quando o ávido suspiro lhe dei,
Como denotas sobre invisível posto,
Quase à entrelinha de seu sumo apaguei;
Pois que não me viera como desgosto,
Apenas como cinza que rabisquei.

Como quisera deflorar o anseio
Em pétala de poeta, a que desenhou
Nas tardias madrugadas de veraneio,
As que de nada em tempos adiantou;
Como se sua voz, em falhas, completou
As mentiras pelas quais se isolou
Em seu próprio desejo, que presenteio.

Itacoatiara-AM, 27 de junho de 2020.

 
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