Há-se que contentar-se com o drama
Deste chão que esconde o grito
Destas dores que constroem a trama
Do poeta, em amanhecer bonito;
Há de mostrar-se perante rito
De encruzilhadas em contramão
Ao mais alto tom fétido e garrido.

Há-se de celebrar a última chama
E mostrar-se diante ao céu escuro;
Há-se de compenetrar-se a quem ama
Como fonte de singelo amor puro.
Ah! Mas há-se de conter a morte
Como derradeiro e servo norte
Apagar do delírio de quem clama.

Itacoatiara-AM, 27 de junho de 2020.

 
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