Esperei-te na semente da raiz
Da árvore mais antiga do céu
E quando pude finalmente ver-te,
Aqueceu-se o coração como mel.
E o negro luar com sua branquitude
Afugentou os meus lírios de poeta
E pude ver como bastante e amiúde
A sentença de paixão em flor aberta.
Um sussurro dos lábios teus me beijou
E toquei-te a pálida tez macia
Como toca-se uma pétala de flor.
E por sorte o tempo não apagou
O respirar da mais sublime poesia
No fim deste sonho que abrasou.
Itacoatiara-AM, 26 de junho de 2020.