Meus olhos ainda veem o horizonte,
Mesmo que turvo, obscuro e sombrio;
Meus olhos ainda sentem frio,
Ainda transpassam as fontes.

Pois quando avisto a etérea ponte
A tempestade dissolve o fio
Que interliga os traços deste rio
Onde navego na verve de um monte.

Quando avisto a derradeira calmaria
Estilhaçada com as vestes do sonho,
Em sumo à primeira voz tardia.

Quando este segundo de ventania
Traz consigo um verso tristonho
Posso dizer que é eterna minha poesia.

Itacoatiara-AM, 20 de junho de 2020.

 
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