O pequeno feixe de luz
Nasce na velha janela
E traz lembranças dela,
E ao peito sorri e reluz.
Lembro-me do olhar calmo
Que transmitira a manhã
E do doce toque, puro afã,
Sua voz era triste bálsamo.
Vestiu-se sobre retalhos meus
E foi-se com sua pele de hortelã
A outras madrugadas do amor.
Pois que eu quisera os lábios teus
Uma vez, até a eternidade, amanhã
Até consumir todo manto de fervor.
Itacoatiara-AM, 26 de junho de 2020.