Há um compasso sobre o pranto
Que reverbera todo o sentir
E de repente transborda o fingir
Escondido sobre a poeira do canto.
Vou navegando sobre o manto
Das vestes deste frágil sentir
E quando à sua beleza ouvir
Poderei descansar no acalanto.
Pois quando à espreita da janela
Posso ver suas curvas na cruzada
De meu consciente adormecido.
Sinto que sua voz doce e bela
Guia-me pela inteira morada
Onde vive o sonho pervencido.
Itacoatiara-AM, 21 de junho de 2020.