Amanhecia em Lisboa, uma manhã chuvosa e fria. Em todos os veículos de comunicação noticiava-se um fato que ocorreu perto de uma montanha a alguns quilômetros da capital.

Tinha-se o relato de três jovens que afirmavam com toda a certeza que moravam em uma ilha amaldiçoada, onde todos os habitantes eram presos por meio de uma maldição secular que passava de geração para geração. Não se sabe ao certo como estes jovens foram parar ali.

Sabe-se que um grupo de pescadores em um barco conseguiu avistar os jovens, que imploravam ajuda. O grupo de pescadores ouviu a história contada por eles, do início ao fim. Suspeitam que a embarcação onde os mesmos se encontravam naufragou e, por passarem muitos dias ali, perderam a noção da realidade.

Decerto, tudo fora bastante interessante. O que você verá a seguir é uma história narrada do que foi contado por José, e confirmado por Mariana e Ágata, quem o acompanhava.

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Capítulos

Prólogo

Amanhecia em Lisboa, uma manhã chuvosa e fria. Em todos os veículos de comunicação noticiavase um fato que ocorreu perto de uma montanha a alguns quilômetros da capital.Tinha-se o relato de três jovens que afirmavam com toda a certeza que moravam em uma ilha amaldiçoada onde todos os habitantes eram presos por meio de uma maldição secular que passava de geração para geração. Não se sabe ao certo como estes jovens foram parar ali.Sabe-se que um grupo de pescadores em um barco conseguiu avistar os jovens, que imploravam ajuda. O grupo de pescadores ouviu a história contada por eles, do início ao fim. Suspeitam que a embarcação onde os mesmos se encontravam naufragou e, por passarem muitos dias ali, perderam a noção da realidade.Os jovens afirmam com alto grau de veracidade que aquilo foi real, que tudo aquilo contado realmente aconteceu. Porém disseram que a tal passagem para a ilha

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Capítulo I

No pequeno vilarejo da tempestuosa e fria Diamantina, existia uma família de camponeses, a família Apólito, família esta que seguia à risca várias regras que foram passadas de geração para geração, regras muito rígidas, regras calcadas num atônito e sublime propósito de elevar a vida na terra, de tornar as pessoas desta família imunes a todo tipo de dor ou descaso.O vilarejo contava com cerca de três mil habitantes, era rodeado de areia, com pequenos mercados, tudo muito rústico, a maioria das casas tinham um acabamento de madeira, e contornando a pequena vila (cuja peculiaridade era que não podia crescer, pois era uma ilha) tinham inúmeras praias; as pessoas sobreviviam da pesca e um pouco da agricultura de um pequeno espaço que tinha campos e florestas.O lugar é muito bonito, mágico, alguns habitantes passam por dificuldades, mas são ajudados instantaneamente pelos vizinhos. Neste lugar não pisava ninguém, estava situado em

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Capítulo II

Na época das férias, os filhos ajudavam os pais (no caso de José, era o trabalho no campo), e assim vivia a família Apólito.As férias aconteciam de setembro a dezembro, não existia o conceito de primavera e outono na vila, o que eles conheciam era o sol e a chuva, ambas as épocas dividindo o ano (seis meses de verão e seis meses de inverno).Era o dia de sexta-feira, e José estava no seu período das férias, iria visitar a casa abandonada de Adoniran naquele dia e tentar descobrir alguns segredos, os quais ele tinha certeza que estavam presenciados em alguma carta. Ao término do café da manhã, José foi ajudar o pai na lavoura, e na parte da tarde seria liberado para se divertir um pouco em qualquer lugar da ilha.O dia começou a ficar estranho, obscuro, com uma aura de névoas intensas; estava frio (época do inverno) e

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Capítulo III

José experimentou conversar com sua mãe, perguntou-lhe se ela sabia quem era ou quem foi Adoniran, algo totalmente negado. Segundo a mesma, Adoniran só foi o homem que tentou construir o barco para sair de Diamantina mesmo, não tinha como se ter muita informação sobre ele, pois vivia isolado, sem nenhum contato com a maioria das pessoas.No momento em que ela terminou sua explicação, algo correu para a plantação de milho, e o senhor Estevão mandou José ir ver o que era aquilo. Um pouco com medo, José foi em direção ao espantalho, pois era para lá que a coisa estava indo.Ao se aproximar cautelosamente do espantalho, percebeu que nada estava ali, foi quando sentiu uma presença nas costas, e sentiu que alguém o tocou, quando virou o rosto sentiu um baque muito forte lhe ultrapassando a cabeça, e desmaiou. Tudo escureceu, seu corpo ficou extremamente pesado e quase transpassou

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Capítulo IV

Os pensamentos estavam convergidos como a gota da chuva que passeia pelo solo, como o mar que beija a praia em uma noite de lua cheia; como o som dos pássaros, que além de muito bonitos, revelam que acima das árvores existe um lugar misterioso.Tudo isso era perpetrado da incauta rodovia sentimental. Eles logo viraram amigos e passaram a compartilhar seus sentimentos, José desabafou sobre a situação, contou-lhe tudo o que sabia e mostrou a carta de Adoniran à nova pétala de sua incólume miragem. A moça sentiu-se ameaçada ao saber disso tudo, sentiu-se com muito medo, mas para José nada mais importava que a presença daquela bela rosa, seus medos se transformaram em desejo.Foi bom para José compartilhar este pesadíssimo fardo com sua agora amiga Ágata. De repente soou um intenso estalo na casa, os móveis começam a ser arremessados e as famosas sombras começam a rodear os dois;

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Capítulo V

Corra para bem longe daqui,Minhas vestes se evaporarão,Diante da madrugada fria e escuraEstarás acorrentado sobre a escuridão. Era uma estrofe meio emblemática, José não gostava muito de escrever, mas do nada algo disse em seus ouvidos para escrever isto, e inconscientemente fora feito. Os olhos de Mariana estavam arregalados, quando as luzes se apagaram e passos puderam ser percebidos, alguém estava correndo em direção ao quarto de José.Os passos ficavam cada vez mais intensos, sombras surgiam de todos os cantos, ultrapassaram as paredes e formaram o corpo de um homem muito alto que usava uma capa preta, não tinha olhos, e tinha uma voz muito grave que de vez em quando, passava a rir tenebrosamente.Os irmãos tentaram fugir da casa, Mariana estava aos gritos, com muito medo e as portas estavam trancadas; de repente as luzes se acenderam e os pais correram desesperados à procura do problema, lá estavam os

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Capítulo VI

Logo, mostrou a José os rabiscos que teria feito por influência de uma presença maligna, estava em polonês: ORIGINAL Noc wygląda pięknie,Gwiazdy spadająA kiedy patrzyszNic nie widzisz,Tylko krew duszy. TRADUÇÃOA noite parece linda,As estrelas estão caindoE quando você olhaNão pode ver nada,Apenas o sangue da alma. Havia algo muito estranho, havia um enigma por detrás desta mensagem, parecia que alguém estava dizendo algo nas entrelinhas. “Por que quando se olha apenas enxerga-se o sangue da alma?” Havia na parede do quarto uma mancha negra.Ao tocar na mancha, José abre uma passagem secreta, Ágata estava impressionada e de repente levantou-se da cama. Havia ali um corredor escuro, mas rodeado de rosas vermelhas, a passagem tinha uma escada, e parecia chegar ao subsolo da casa, um porão ainda mais abaixo do porão.Eles estavam surpresos com aquilo, e ao entrarem no corredor a passagem fechou e não havia mais como sair, no instante

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Capítulo VII

Querida, estamos passando por um momento complicado agora, você sumiu de minha vista e eu não sei onde estás, se estiveres me vendo de algum lugar, entre em contato comigo. Chegaste em minha vida num momento muito especial, quando te vi senti algo muito forte, algo que eu nunca havia sentido.Fomos unidos por algum motivo, não acredito que tudo foi por acaso, cada momento que passei contigo(apesar de pouco) valeu a pena, fez com que eu me tornasse um homem feliz, um homem completo, mesmo que isso seja um sentimento novo, algo sublime.Não sei se irei te ver novamente, escrevo tudo isso com sinceridade. Contigo tudo tem cor, o medo passa a ser tolerável, não sei se irei conseguir sobreviver se não estiveres aqui, só a possiblidade de te perder torna-me um ser solitário, a tristeza corrompe minha alma e me cega, muito pior que um pesadelo.Tornaste meus dias mais

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Capítulo VIII

Nesse exato momento, ouviram uma voz gritar como num sussurro: Socorro! Libertem-me! José imaginou que era Ágata, e conseguiu forças para abrir a porta.Quando a porta se abriu, uma energia mais pesada rodeava todo o palácio, as longas escadas de madeira contornavam aos intercalados andares, e a voz estava a soar acima das escadas. Haviam várias pinturas, vários símbolos. Um piano estava no meio da sala obscura, e parecia que o espírito de José (mesmo que em sua mente) fazia uma melodia melancólica de suspense.Quanto mais subiam, mais tudo ficava intenso, pareciam acompanhados, os imensos quartos intercalavam cada escadaria ao subir, diversas passagens eram sobrepostas às paredes. E do último quarto a voz ficava mais intensa; no último degrau pôde-se ouvir um passo muito forte subindo as escadas, tinha o chifre de um bode, e sua sombra era aterrorizante, a sola de sua pata reverberava o som assustador da madeira.A

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Capítulo IX

Algo chamou atenção na água, José entrou calmamente e mergulhou para ver o que tinha ali. Nas profundezas, parecia que o palácio era desenhado pelas rochas, e uma voz chamou por seu nome. Isso chamou sua atenção. Ao abrir a porta, estava do mesmo jeito que a primeira vez que vira o mesmo.Agora o som estava vindo de baixo. Anton estava tocando piano, uma música macabra. José andou sem fazer barulho algum, lentamente, e passou pela parede, Anton estava de costas e não pôde vê-lo, teoricamente. Ao fim do corredor, a porta para o porão.A porta se abriu em silêncio, escadas compridas em forma de círculo; José ia descendo e a voz ficava cada vez mais intensa, a madeira soava um pranto. Chegou no porão, Ágata estava na prisão da mesma forma em que fora vista há poucos minutos atrás.— Ágata? — perguntou José.Ágata virou-se e olhou para José, seus

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