O título deste livro é bem sugestivo (tirado de uma poesia minha), alguém pode achar que tem algo a ver com a música da Legião Urbana chamada ‘Metal Contra as Nuvens’, mas não, são contextos diferentes.

Costumo pensar que cada verso meu é um desabafo, e que todo amadurecimento é registrado quando mais emoções podem ser sentidas nas palavras, quando você vê uma evolução.Basicamente, em linhas curtas, esse livro vai abordar quase os mesmos temas dos outros, mas está com um “molho” a mais: um ultrassentimentalismo.

Daí vem o subtítulo: Poesias que irão desconsertar teus íntimos sentimentos. Você não pode ler a poesia ‘O Verdadeiro Amor’ sem se emocionar; ‘Quando As Lágrimas Transbordam’ também é outra poesia que irá te tocar bastante, não irei citar todas as poesias expostas a seguir, mas é um estímulo para o leitor.

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Capítulos

Entardece a poesia

Olhando para o triste refletirEm frente ao espelho de abismo,Vejo-me sobre as nuvens a surgirDiante de meu coração lírico. E assim que o vento paira no soluçoDo leve rio que vai cantando,O verso de agonia torna-se mudo;Torno-me parte de meu pranto. Um tanto a flutuar no céu,Meu corpo paira quase distante,E diante ao ciclo deste amargo véuTorno-me, em um minuto, pensante. E assim que suas vestes inundamParte de meu ser inexistente,Este mesmo rio navega na verveDeste verso que despertou, finalmente. Olhando para o submundo do arVejo-me no infindo planoDeste mesmo segundo a sonhar,Neste mesmo vestígio de engano. E o pranto, mesmo a suspirar,Ainda se encontra no largo peito;Soa-me feito um lânguido amarQue se perdeu ao achar-se imperfeito. E a poesia vem, ao monte, surgindo;Seu abraço me sufoca a alma,Sua voz acorda o incolor ímpetoE acalma a mais sublime mágoa. Assim, reflito-me em suas águas,Como uma desvairada treva ao dia;Atiro-me nesta

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Epopeia na ONU

Mostrando às trevas sua escravidão,Colonialismo disfarçado de afeição;Hipocrisia ferida pelo dom da verdade,Destroçando mentes afundadas na vaidade. Deixem-nos em paz, senhores covardes,Não irão conseguir manipular mais ninguém,Suas organizações que só permeiam alardes,Preocupados apenas com o que convém. A Amazônia é nossa, não de vocês,Não tentem ferir a soberania nacional;Globalistas pérfidos, fantoche francês,Usam até criança como escudo do mal. Estão nas cinzas planejando a misériaComo suprassumo de seus devaneios;Estão infiltrados, financiam movimentos,Juntos à mídia, espalham veneno. Estamos livres das amarras vermelhas,Estamos juntos na luta pela liberdade,Os cegos não veem o que de fato importa,Usam índios como plano de modernidade. O futuro pertence aos patriotas,Não aos globalistas ou progressistas;A família continua sendo a base da vitóriaContra quem à desconstrução entrega a vida. Ruínas do enaltecível Foro de São Paulo,Exaltam seus comparsas e agentes,Exaltam o terrorismo e o narcotráfico,Milhões de mortes no comando remanescente. A Amazônia é nossa, não de vocês,Não tentem ferir

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Espantalho

Vi nos resquícios dos jornaisSustentados pela elite dominante,Coloração vermelha, letras ancestrais,Defesa ao grito inoperante: Fascistas! Fascistas! Fascistas! Não soube qual era o motivoTalvez alguém tivesse dado a opinião;O melhor meio de ganhar um debateÉ recorrer à infinita taxação: Nazista! Machista! Racista! São tantos “istas” que me perco,Discussões vazias, cheias de sofismos,Talvez seja melhor tornar-me um espantalho,Sou mais que isso, talvez um solecismo. Fascistas! Fascistas! Fascistas! Talvez eu seja um espantalho,Porém o que tem cérebro. Itacoatiara-AM, 02 de outubro de 2019.

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Estrelas

Como desmontar as estrelas,Se as mesmas são frágeis?Para que tanta maldadeSe o céu ficar triste? As nuvens ficarão solitáriasE não deixarão sombras,Somente as que irrigamO jardim que assombra. O tempo percorrerá o abismoE ressoará à poeira, um estalo,Que derramará às cores, a ferrugemQue dirá o que de suas cinzas restaram. As estrelas estão apagadasE agora, dissonantes às ruínas,Disseram à alma do infinito poeta,Admoestação em tom da amarga lira: Renasça sob a luz do luar,Guarde-me sobre a constelação,Nos dias de retalhos dissonantes,Transpasse meu brilho sobre a solidão. Como desmontar as estrelas,Se as mesmas são frágeis?Para que tanta maldadeSe o céu ficar triste? Itacoatiara-AM, 20 de agosto de 2019.

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Fim

Hoje eu poderia morrer tranquiloOu simplesmente nascer novamente,Poderia continuar ainda sozinhoE encontrar os suspiros, lentamente. Poderia dizer ao sublime vazioO quanto completou o meu ser,O quanto inspirou-me ao infinito;Assim, o quanto me ajudou a escrever. Escrever sobre o obscuro da mente,Explorar o ímpeto do triste poeta,Traçar o imaginário da afagada alma,Onde o que se vê é agonia da dor dispersaE a morte predestinada, em nada, de repente. Disseste às flores que desaparecessemQuando o segundo sol viesse a emergir,As pinturas retratavam sua chegadaE o que antes significava a longa estrada,Agora representava o singelo e doce fim. Itacoatiara-AM, 13 de agosto de 2019.

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Formosura

Desde o primeiro momento que viTeus olhos, as montanhas dividiram-seDentro do sopro onde se pode morrer,Por tantos sonhos, por tanto querer,Toquei em tuas curvas, que se repeliram. Desde o primeiro momento que viTua alma, meus versos retraíram,Pude sentir tua pele acariciando o gosto,Dentre tantas ilusões, a melhor era de teu rostoSuavizando todo desejo que às estrelas revestiam. Desde o primeiro momento que viTeu corpo, mesmo que no esboço das sombras,Senti-me escravo de meu próprio pensamento,Avistava algo misterioso vindo do cansado vento,No soluço, via as cinzas do sorriso que afronta. Desde o primeiro momento que viTeu semblante, olhando-me com ternura,Pude sentir o pôr do sol tocando-me a voz,E do canto, a armadilha mais feroz,Gradativamente salientando-te a formosura. Desde o primeiro momento que viTeu abismo, ressoando por meu carinho,Vi o brilho de teu prazer afugentando o grito,Senti-me entrando no lírico e restritoCálice que leva ao mais doce redemoinho. Desde o primeiro momento

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Idiossincrasia do tolo

Retalhos de ignomínia sobrevoamPerante os olhos tristes da nação;Perfídias vermelhas entoamSeus belos antídotos de ilusão. Tiranias ultrajantes destoamAo caos dogmático da razão.Nisto, com seus tentáculos, roubamA liberdade, em tons de emancipação. O reinado de sangue perduraDiante às paragens do engano;Estigmas da famigerada e espúriaIdiossincrasia de um plano. Vê-se como grandiosa curaA idolatria ao airoso e o leviano;Alçada como etérea lisura,Estrondosa foice, em réu humano. O grito da desconsolada pátriaExaure ao caos do que é dito;Prende-se o que produz, inataLiberdade ao caminho perdido. Entalhes de agonia em doses pálidas,Do circo e do pão, restou o vazio;Tornou-se presente na mesa árida,Ouvida apenas pelo pranto de seu filho. Itacoatiara-AM, 05 de abril de 2020.

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Infinitas estrelas

A transcrição lírica é moldadaPela sublime poesia irrestrita,Aquela que transborda os oceanos,Quase que inundando o íntimo. Transcrevo às vestes da manhã,Um ósculo impetrante no horizonte;Sua tez é tão macia quanto as rochasE tão delicada quanto o invisível. Tamanho sentir invencívelQue sustenta o ritmo das estrelasQue, suscetíveis aos infinitos trovões,Repelem-se à morada nas leves cachoeiras. Itacoatiara-AM, 01 de outubro de 2019.

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Inteira metade

Meus olhos desmaiam em calmaQuando a madrugada perdura,Deixando nos cantos da almaO peso de uma cor muda. Minha ilusão desmaia em calmaQuando a tarde busca seu pranto,E tocando nos cantos da alma,De repente, acho o incolor manto. Disseste ao dia o quanto estavasSorrindo ao vento acima das nuvens,No frio daquela doce e estreita estradaQue levaria ao passo do horizonte. Estiveste além das notas do oceanoQuando esvaziam sua esbelta perfeição,Traduzem o eco de teu amargo grito,Tão silencioso quanto o som da solidão. Tão invisível quanto o raio de sol,Tão macio quanto a tez da tempestade,Tão brilhante quanto o canto da morte;Assim és tu, minha inteira metade. Itacoatiara-AM, 23 de agosto de 2019.

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Invólucro da mente

Quando meu vazio se esmoreceE minhas horas correm, paradas,Hei de no segundo seguinte,Voltar no tempo, num requinte,E mergulhar na extrema enseada. Derrapo nas linhas imagináriasE visto-me com o tom do labirinto,Rego os desertos de minhas ilusões,Transpasso as veredas dos sertõesE alimento com poesia o sonho faminto. Vários caminhos surgem na encruzilhadaE introduzem-me à paralaxe sentimental,Traduzida sobre o esboço das gradesVistas no teor da honorífica majestade;Metáforas escondidas engodo colossal. Psicodelismo dando vastas significações,Transformando as grades num oxigênio;O triste e ignoto olhar, agora cego, se exaspera,Dá ao sentimento a tão sonhada esperaPara enfrentar o ignóbil insídio heterogêneo. O invólucro donairoso permeia o estigmaE reconstrói as linhas de locomoção;As horas andam vagamente na luzE o deserto de ímpeto caudaloso, produzA força, há pouco esmorecida pela ficção. Itacoatiara-AM, 03 de agosto de 2019.

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