Autoquestionamento
Vi-te no arrebol da meia noiteE vivi e senti complacente à chama,A alma, a ternura, a sensatez que declama;E morri e sofri e renasci diante do açoite. Devia ter esperado passar o tempo,Passar o doce sorrir do amanhecer,Do astuto desgosto do gosto de serO efêmero, amargo e doce sentimento. Devia ter quase que sentido o silêncioDestoar em prantos, o riso da dor,Mas o amor é um mar de incerteza. Mas como persuadir tanta beleza,Atraindo, fingindo, sendo o amargor;O ímpeto, a chuva, as nuvens, o vento? Itacoatiara-AM, 11 de setembro de 2019.