Contarei à metonímia perdida
Que li os rios ontem à noite,
Que escrevi sobre a amarga ferida
Como um sabiá canta à morte,
Um adeus ao pranto sem vida.

Escrevo sobre minha alma
E a mente se esconde no ar
Como o suspiro da tarde pálida;
Perdi-me, e nunca mais voltei de lá,
Como uma sombra esquecida no olhar.

A tarde traz meu reflexo
E a chuva transborda minha dor;
No contorno do horizonte convexo,
As lembranças da aurora que passou.

Escrevo sobre minhas cinzas,
Um trovador em meio ao deserto;
O outono reflete meus versos,
Desconexos feito um pranto sem vida.

Itacoatiara-AM, 01 de outubro de 2019.

 
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