A tristeza que sobe em meu peito
É a mesma que desce em meus olhos,
É a mesma que corre no vento
E traz o nascer do amargo sol.
É a mesma que traz em correntes
As águas que regam meu rosto,
É a mesma que chora sublime
Em cada traço de teu corpo.
A tristeza vem lentamente
Traduzindo as cinzas dos céus,
É a mesma que chora contente
Em cada cantiga de fel.
É a mesma que desconstrói
Os laços de cada morada,
É a mesma que anda sozinha,
Reverberando a tez da amada.
A tristeza que sobe em meu peito
É a mesma que desce no vento,
É a mesma que corre no espelho
E traz consigo a armadilha do tempo.
Itacoatiara-AM, 05 de agosto de 2019.