Como um leve brilho no vento, um ínfimo
Grito que destroça meu amargo pranto;
Um límpido e rústico retalho do canto,
Encanto dos dias onde sou teu íntimo.

Tão pequena, tuas mãos doces e macias
São o orvalho de todo insípido mel,
E em soluço, furtam-me o triste céu,
Transformando-o em sublimes poesias.

Ah! Como desenho-te no pensamento
Mesmo em incautos tons de sofrimento,
Mesmo que em dose de invisível ternura.

Ah! Diga-me que estás por um momento
Libertando-me deste infinito tormento,
Acorde-me desse eterno minuto de loucura.

Itacoatiara-AM, 15 de fevereiro de 2020.

 
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