Soa-me como um leve pranto
Este canto que me destoa a luz,
Que me cega e me traz o canto,
Que enriquece, transparece, conduz.
Este verso quase que no espanto,
Traz a ventania escura que reluz
Nas camadas do eterno manto,
Escuro feito a trilha que induz.
Um brilho que me apara a dor,
Que me acaricia a ventania
E traduz meu ímpeto fragor.
Ríspido toque triste e incolor
Que alimenta a silenciosa melodia
E, em tempo, furta-me o amargor.
Quixadá-CE, 20 de fevereiro de 2020.