Sem ti, meus olhos cegam,
Minha mente esvazia em lágrimas,
A ternura se esconde no vazio
E rega a dor da triste madrugada.
A tempestade deságua em si mesma,
Os raios se esbarram e formam o dia,
As flores sangram no escuro luar
E aprisionam o ardor da melancolia.
O arrebol acompanha as horas,
Que nem me deixam dormir;
Sinto o silêncio me ensurdecer
Com a saudade do que nem vivi.
Traga-me de volta os doces anseios,
Até a angústia de às vezes não sorrir,
Pois as correntes que semeiam o medo
São bem mais frágeis que o de viver sem ti.
Itacoatiara-AM, 05 de agosto de 2019.