De tanto sentir, vivo;
De tanto amanhecer, anoiteço;
De tanto escrever, revivo;
De tanto esquecer, esmoreço.

Assim encontra-se perdido
O que tanto esperei por tempos:
O soar do vento idílico
À procura do infinito sustento.

De tanto chorar, escrevo;
De tanto inventar, suspiro;
De tanto planejar, reescrevo;
De tanto tentar, desisto.

Assim o escopo do céu
Reencontra sua razão;
De tanto buscar, achou-se;
No submundo, atira-se em contramão.

De tanto abstrair, rebusquei;
De tanto planejar, reconheci;
De tanto amar, desmoronei;
De tanto lutar, renasci.

Itacoatiara-AM, 01 de setembro de 2019.

 
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