Quando sorri pela primeira vez,
As lágrimas de mamãe me afogaram,
E viraram um lindo rio, calmo e caudaloso,
Que me banhei e limpei a dor e a alma.

Quando sorrirei pela última vez?
Pode ser a qualquer momento,
Num cumprimento a um amigo de anos,
Numa benção a meus pais, um beijo na namorada,
Ou no meio desta poesia que escrevo.

O sol deu-me bom dia hoje cedo,
Os pássaros cantaram minha música,
Li um jornal, tomei meu café amargo,
E olhei no horizonte o cronograma deste dia,
E vi que a rotina envelheceu-me 30 anos.

A tempestade aproximou-se ao som
Da Marcha Fúnebre e Moonlight Sonata
E apresentou-me motivos de inspiração,
Com o teor dos romântico-realistas,
Ensinou-me que essas misturas se atrairão.

O que será mais interessante que o choro?
As causas pelas quais ele se animara a vim,
Assim, nesse lugar obscuro e profundo,
Abjetos que enraízam o porvir:
Clair de lune, mort, vie et symphonie de…

Itacoatiara-AM, 20 de março de 2019.

 
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