O amor só é eterno
Quando os passos se cruzam,
Quando os olhares se encantam,
Quando se constroem castelos
Capazes de suportar tempestades.

Quando tudo se completa,
Até mesmo as coisas desconexas,
Como um olhar por entre a janela
Que reflete além das esbeltas
Cores que encantam superficialmente.

Quando o peito retrai desesperadamente
Quando a rosa desabrocha sua lágrima,
E em sopros, afasta seu doce semblante
Da aurora que lhe torna mais irradiante,
Pelo amor que flutua sobre o coração.

Ah! O frágil coração que, na enchente
De sentimentos, inflama sua ternura
Como uma espécie de amarga cura,
Para provar, seja como for,
Que só é eterno o verdadeiro amor.

Aquele que brilha sobre o espaço
Como um vagalume de metáforas
Refletidas no sublime espelho do encanto,
Mesmo que entoe o profundo pranto
Nada esgotará a confortante presença.

Aquele que soma as perfeições,
Mesmo não sendo tão virtuosas
Quanto o sentir que, quando à pele exposta,
Colhe os frutos do trabalhoso castelo,
Que representa o amor sincero.

Ah! O frágil coração que, na enchente
De sentimentos, inflama sua ternura
Como uma espécie de amarga cura,
Para provar, seja como for,
Que só é eterno o verdadeiro amor.

Itacoatiara-AM, 12 de dezembro de 2019.

 
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