O vento encanta o mar
Com seu canto em odisseia,
Transcrevendo seu luar
Na inconstante poesia
Que se vê incompleta.

Volve o pranto a amar,
Pois do peito soa os tons
Amargos, em prece a inspirar
A mais sublime travessia
Que se vê a transbordar.

O mesmo vento está a viver
Sobre as paragens do espelho
Nos desencontros de se ter
O que não se tem no medo.

Medo de não esquecer
O reflexo desta fingida ferida,
Que finge até mesmo ser
O vento que nos devolve a vida.

Fortaleza-CE, 01 de março de 2020.

 
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