As trovas da manhã macia
Deliberam o amargor da solitude,
As estrelas entregam-se à amiúde
E simétrica existência da melancolia.

Como mover tamanha sinfonia
Se o que vês está no solo rude;
Está banhado no amargo açude
E arraigado no pranto do dia?

Com as perguntas ainda apagadas,
Diz tu o que do peito declama
A madrugada de flores amordaçadas.

Diz tu a quem singelamente amas
Que nada poderá impedir a alvorada
Do sentir que na alma inflama.

Itacoatiara-AM, 22 de agosto de 2019.

 
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