Deixe-me ser o frio da madrugada,
Deixe-me ser o espelho dos teus olhos,
O teu suor, tua sombra, tua morada;
Deixe-me ser teu canto, tua luz apagada.

E quando tua lágrima soar tranquilamente
Deslize as suas mãos sobre o retrato
Da manhã em meio à triste nascente,
De sua pele amarga, o dia dilacerado.

Deixe-me ser o mel que derramas no abismo,
As chamas, que ao pensamento consome,
Deixe-me te mostrar a doce face do delírio,
Na hora certa me darás um codinome.

E quando as estrelas transpassarem a ti,
Toque no horizonte e desfrute o amor;
Deixe-me ser o sol, o oceano, o rir,
Deixe-me ser o ápice de teu fervor.

Itacoatiara-AM, 15 de outubro de 2019.

 
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