Nesta noite escura
Já não tenho a cura
Que está em vão;
E por teu sorriso
Guio-me indeciso
Na escuridão.

Com palavras sinceras,
Melodias dispersas
Nesta amarga ilusão;
Caminhando sem vida
Reencontrando a ferida
Pego o violão…

Em palavras opostas
Dou-lhe as costas
Em contramão;
E em versos vazios,
Um tanto sozinho
Sem vida, na solidão.

Vou por entre as portas
Desta aurora morta
Na frágil emoção;
Como um louco, sinto
Que já nem mesmo minto
Para o coração.

Itacoatiara-AM, 12 de março de 2020.

 
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