Olhando para o infinito do oceano,
Uma faísca de luz banhando as pedras
Que rolam sobre as águas, tudo plano;
Os ventos sopram na fagulha das trevas.

Apenas as luzes dos prédios brilham,
No horizonte, apenas os navios num ponto
Ainda dão sinal que os navegantes trilham;
Em superfícies, um resquício de um conto.

Vejo-me ainda parado, trêmulo a pensar
Sobre os troncos de meus instintos,
Quando percebo que basta acreditar
Que apenas resta um pensamento ínfimo.

E de ínfimo, torna-se extinto por existir
Neste eterno abismo a suspirar;
Vejo-o em segundos por apenas insistir
Neste isolado e íngreme sopro a aspirar.

Fortaleza-CE, 03 de março de 2020.

 
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