Hoje eu poderia morrer tranquilo
Ou simplesmente nascer novamente,
Poderia continuar ainda sozinho
E encontrar os suspiros, lentamente.
Poderia dizer ao sublime vazio
O quanto completou o meu ser,
O quanto inspirou-me ao infinito;
Assim, o quanto me ajudou a escrever.
Escrever sobre o obscuro da mente,
Explorar o ímpeto do triste poeta,
Traçar o imaginário da afagada alma,
Onde o que se vê é agonia da dor dispersa
E a morte predestinada, em nada, de repente.
Disseste às flores que desaparecessem
Quando o segundo sol viesse a emergir,
As pinturas retratavam sua chegada
E o que antes significava a longa estrada,
Agora representava o singelo e doce fim.
Itacoatiara-AM, 13 de agosto de 2019.