Como desmontar as estrelas,
Se as mesmas são frágeis?
Para que tanta maldade
Se o céu ficar triste?

As nuvens ficarão solitárias
E não deixarão sombras,
Somente as que irrigam
O jardim que assombra.

O tempo percorrerá o abismo
E ressoará à poeira, um estalo,
Que derramará às cores, a ferrugem
Que dirá o que de suas cinzas restaram.

As estrelas estão apagadas
E agora, dissonantes às ruínas,
Disseram à alma do infinito poeta,
Admoestação em tom da amarga lira:

Renasça sob a luz do luar,
Guarde-me sobre a constelação,
Nos dias de retalhos dissonantes,
Transpasse meu brilho sobre a solidão.

Como desmontar as estrelas,
Se as mesmas são frágeis?
Para que tanta maldade
Se o céu ficar triste?

Itacoatiara-AM, 20 de agosto de 2019.

 
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