Diga-me com tua voz límpida,
À tua perfeição que exala o dia,
Que os suspiros estão em resquícios,
Quase esquecidos na amarga vida.

Diga-me com tua pele sombria
Que as ilusões estão recarregadas,
Escamoteadas dentre o triste vento,
Verbalizadas na angústia atraiçoada.

Diga-me sem meros eufemismos
O que sentes; exalas à inquietude
Como ao verso, que mentes,
Ou apenas vê-te no outono amiúde?

Itacoatiara-AM, 30 de setembro de 2019.

 
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