O título deste livro é bem sugestivo (tirado de uma poesia minha), alguém pode achar que tem algo a ver com a música da Legião Urbana chamada ‘Metal Contra as Nuvens’, mas não, são contextos diferentes.

Costumo pensar que cada verso meu é um desabafo, e que todo amadurecimento é registrado quando mais emoções podem ser sentidas nas palavras, quando você vê uma evolução.Basicamente, em linhas curtas, esse livro vai abordar quase os mesmos temas dos outros, mas está com um “molho” a mais: um ultrassentimentalismo.

Daí vem o subtítulo: Poesias que irão desconsertar teus íntimos sentimentos. Você não pode ler a poesia ‘O Verdadeiro Amor’ sem se emocionar; ‘Quando As Lágrimas Transbordam’ também é outra poesia que irá te tocar bastante, não irei citar todas as poesias expostas a seguir, mas é um estímulo para o leitor.

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Capítulos

Apresentação

Olá, caro leitor! Estou a escrever este pequeno texto no dia cinco de junho de dois mil e vinte, a exatos vinte e cinco dias do meu aniversário de dezoito anos. Este é o quarto livro deste rapaz que vos fala, na verdade ainda nem sei qual (foi) será a repercussão de meu primeiro livro ‘O Obscuro da Mente de um Poeta’, ou de meu segundo ‘Democratização da Imbecilidade’, ou de meu terceiro ‘O Nascer de um Poeta’ ao serem lançados de maneira física. Bem, não vou editar isto aqui com o passar do tempo, então para você pode soar um pouco estranho, pois já lancei os outros, e não sei o que pode acontecer. Agora são cinco horas da tarde, não consigo rever quando lançarei sequer o primeiro livro, mas fique sabendo que desde o início de dois mil e dezoito tento lançá-lo. Tenho grande fé em Deus que

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A alma do poeta

Estou tão distante da luz,Mais perto dos sonhos amordaçadosNeste pouco de cinza que ainda reluz,Neste tempo inconstante, inacabado. É estar só neste espaço insensatoCheio de vazios desconstruídos,Acorrentado por este cansaçoQue destrói o abismo, meu amigo. Ah, como quero sentir novamenteO olhar dessa luz escondida.É estar lúcido, de repente,E outrora, embriagado pelo delírio. Estou tão perto da luz,Que sorri à minh’alma reconstruída;De tanto chorar, resistiu à ferrugemE retomou o sentido da vida. Agora dispersa por entre as cinzasBuscou o seu lar em seu labirinto,Agora em seu peito exalam as rimasDe um poeta que chegou ao destino. Agora em seu peito exalam as rimasDe um poeta que chegou ao destino.O amanhã já espera o futuroDe um horizonte real. Itacoatiara-AM, 10 de dezembro de 2019.

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A chuva e o nada

E hoje o medo da chuvaFez-me caminhar no incolor,Caminho e refaço minhas dúvidas,E das perguntas retiro o clamor. Desfaço o brilho do ventoQue sopra no solo da estação,Não mais que um raio que parteA entrelinha de minha estrofe (ilusão),Estou aqui, procurando em desgaste. E hoje o medo da chuvaFez-me definhar, em fervor,Caminho e refaço minhas dúvidas,E das perguntas retiro o desamor. Desfaço o brilho do ventoQue sopra no solo da alucinação,Não mais que um raio que apartaA entrelinha de minha devastação,Estou aqui, sem voz, sem nada. Itacoatiara-AM, 23 de agosto de 2019.

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A morte me visitou

A morte visitou-me ontem,Tinha o cheiro de uma pétala invisívelE o gosto de seu sangue era familiar;Um tom de ódio e olhar de delírio,Um horizonte inapto, sereno, porém frio. Consumiu-me o semblante dolorido,Levou-me à raiz de uma escuridãoQue ficava escondida debaixo da alma;Assim, meu corpo se debateu, e em calmaO último suspiro encontrou sua solidão. Vi-me debruçado sobre os ossos no chão,Um receio, um castelo de maldades,Meu corpo ardia sobre o ácido de dor;Minh’alma, arrancada pelas correntesQue vagavam pela floresta de horror. De gritar, fiquei mudo, a garganta cortadaComo as asas de um pássaro sem vida.Estático, o coração batia violentamente,Enferrujada, a espada de ilusão atravessouOs olhos que, sem voz, pediam piedade. As sombras me atormentavam na escuridão,Perdido sobre as águas, uma prisão escondidaNo subconsciente de meu incauto desespero;Um sentimento que rasgava minha peleE queimava minha esperança, um cinzeiro. Vários gritos amordaçados pela crueldade,Perdidos, vagando pelo abismo do esquecimento,Como se a

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A primeira poesia

Essa lua branca e estilhaçadaCaiu na superfície de minha mente,Plantou sua raiz e sua moradaNas cinzas da agonia, de repente. De repente senti sua claridadeE meus olhos tropeçaram na semente,Como um trovador que traz serenidadeAo luar que vem nascendo, lentamente. Lentamente vi nos cantos da lareiraUm resquício de sua luz esbranquiçada,Apagou-se um imenso candelabro,Com o esboço desta lua, já apagada. Apagada feito uma chama ascendenteQue caminhava pela trilha de um castelo,Fortes emoções vagavam cegamenteComo a gota de um sentir sincero. Velejei sobre minhas lembranças à noiteProcurando a escurecida lua branca,Via apenas um resquício de seu brilhoRefletindo nas profundezas do rio. Então a primeira palavra surgiuEntre as doses do eclipse amargo,Minhas mãos caíram sobre o chãoE meu peito partiu, em infinitos retalhos. Assim surgiu minha primeira poesia. Juazeiro do Norte- CE, 21 de fevereiro de 2020.

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A saudade

A saudade inflama em meu peitoComo um raio que atravessa o chão,Como o luar que deita sobre as nuvensE incendeia toda sua ilusão. O silêncio atravessa o horizonte,A aurora de toda devastação,A vertigem de toda lembrançaAnda tão sozinha, em contramão. E essa infinita contramãoÉ o prelúdio do pôr do solDepois dos dias em que chuva secouE decidiu não voltar nunca mais. Ah, e agora quem vai florescerEste deserto que restou?Quem vai completar este vazioE o perfume da eterna flor? Itacoatiara-AM, 01 de novembro de 2019.

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Ao se escrever

Em silêncio, um grito de sentir,Uma voz que congela as paredes do ser,Quase que sendo um doloroso fingir,Ou simplesmente um minuto a esquecer. Em esquecimento, lembro-me da cicatrizQue queima o rio da esperança que agoniza,Que esbarra no fio de meu pequeno giz,Um rabisco de poesia que eterniza. Desenho em desconexos tons um versoDo que nunca vi, e nem, tampouco escrevi;Apenas reli uns pensamentos dispersosE sem nexo, anexo esse novo existir. Soa-me como um estreito espaçoOnde caminho em equilíbrio dos instintos,Onde repito, novamente, o passoQue, de escasso, torna-se faminto. Um famigerado teor melódicoDá vida a cada palavra que transbordaE, depois de um empoeirado ócio,Transporta-se ao íntimo, à borda. Esta borda leva à constelação,Um universo diluído ao se viverPerante ao ápice desta límpida emoção:A do exato instante ao se escrever. Itacoatiara-AM, 11 de fevereiro de 2020

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Apenas sinta

Sinta as lembranças do futuroE sonhe ao acordar à noiteOnde o destino aguarda distante;Em combate, as cinzas do norte. Sinta o deserto da enchente,A prosopopeia dos rios.O oceano é uma portaTrancada diante da tempestade. Sinta o que não está na mente,A síntese dos versos frios.A lágrima é uma gota mortaLiberta na alma da piedade. No entanto o verso escuroCega a chuva que vem à noiteOnde a ode da solidão está distante;Em espera, as cinzas da morte. Itacoatiara-AM, 03 de setembro de 2019.

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Armadilha

A vida é a anáfora derradeira,Ao seu fim, espera a eternidade;E após o ciclo apenas resta saudadeE o perfume da rosa que gorjeia. O sentido é a metáfora perdidaNo incauto e desconexo plano;De repente, às vestes inflamo,Às palavras, a armadilha sem vida. De repente o espelho não refleteO semblante do sonho esquecidoNa madrugada em que anseio me deste. Ó armadilha, por que em seus lábios revesteA solidão, mesmo que nas sombras do dia,Mesmo que de repente, mesmo inerte? Itacoatiara-AM, 14 de setembro de 2019.

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Auto engano

Vivendo nas sombras do engano,Enganado na aura da consolação,Alçando ao infinito a consolidaçãoDe rasas bolhas como derradeiro plano. Serpentes rodeando a acácia incerta,Planejando volver ao engodo incauto,Enviando ao mundo o misterioso arautoQue se camufla na formosa pétala. Com o deleite de seu tácito amargor,Planta à doçura das mentes purasA inveja disfarçada de um amor. Planta ao solo a pequenez da menteNo codinome da infame utopia,Que destrói nascer do dia, eternamente. Itacoatiara-AM, 01 de agosto de 2019.

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